14 de outubro de 2017

Juíza não deu autorização para Polícia levar pertences do filho de Lula


Jornal GGN - A Polícia Civil de São Paulo não tinha autorização judicial para levar computadores, mídias e documentos da casa de Marcos Lula, filho mais velho do ex-presidente Lula, que foi alvo de busca e apreensão na semana passada, segundo revelou a jornalista Mônica Bergamo. Além disso, os policiais só tinham mandado para conferir apenas um endereço, mas acabaram entrando em uma segunda casa supostamente ligada ao ex-vereador petista.

Na noite de sexta (13), a revista Veja informou que a juíza do caso se disse "enganada" pelos policiais do Estado governado por Geraldo Alckmin (PSDB).

"No dia seguinte [à busca e apreensão], a juíza que autorizou a busca e apreensão, Marta Pistelli, determinou que todos os objetos fossem devolvidos e se disse 'enganada' pelos policiais. Afirmou que o pedido de busca não identificava o morador da residência e que autorizara que a polícia visitasse apenas um local, e não dois."

O GGN solicitou à assessoria de imprensa da Polícia Civil acesso ao mandado de busca e apreensão, mas não obteve resposta da Secretaria de Segurança Pública.

Ainda na quarta (11), deputados do PT divulgaram o que seria o pedido feito à Justiça pela Polícia Civil, para fazer a busca na casa de Marcos. O documento informava que duas propriedades em Paulínia vinham sendo monitoradas à distância após denúncia anônima aventar a possibilidade dos espaços serem utilizados para guardar drogas e armas.

O pedido de diligências nos dois locais não citavam o nome do morador, mas pediu permissão para apreender objetos como armas, entorpecente e "etc".

Para o PT e defesa de Marcos, a busca e apreensão está inserida no contexto de perseguição ao ex-presidente.

O professor de Direito Penal da PUC-SP, Edson Luis Baldan, explicou à redação que o mandado de busca apenas com base em denúncia anônima, assim como a apreensão de objetos não especificados no mandado, configuram abuso de autoridade.

Após o episódio, o governo Alckmin informou que o delegado do caso foi afastado e uma apuração interna foi instaurada para verificar violações na operação.

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